Assim como os outros elementos da face, as orelhas têm participação essencial na composição da harmonia facial. Isso explica porque elas também são alvo constante de queixas e descontentamentos, seja pelo tamanho ou pelo formato.
 
A insatisfação mais comum é a famosa “orelha de abano”, causada por um conjunto de alterações que as tornam mais abertas e distantes do crânio. Outras características são ausência da anti-hélice (que é aquela dobrinha) e proeminência na concha auricular, que pode ser associada à alterações nos lóbulos (que muitas vezes são dobrados para a frente).
 
Outras reclamações recorrentes são orelhas muito grandes (macrotia) e salientes de um ou ambos os lados, em diferentes graus.
 
A cirurgia
 
Seja qual for o caso, há solução e ela se chama otoplastia. Um procedimento cirúrgico de baixo risco que reconstrói ou remodela a orelha por meio de um conjunto de técnicas que varia de acordo com cada caso.
 
Na técnica mais consagrada, realizamos um corte na parte de trás da orelha e, através de técnicas de suturas (pontos), reconstruímos as dobrinhas que podem ser ausentes ou muito sutis. Quando necessário, podemos também retirar os excessos de cartilagem.
 
O passo seguinte é posicionar a orelha mais rente ao crânio através de uma sutura específica, que ancora a parte de trás da cartilagem com os tecidos logo acima do osso craniano,  localizado posteriormente à orelha.
 
Por fim, fechamos a incisão e reposicionamos o lóbulo, quando necessário. Ao final da cirurgia, aplicamos os curativos e ataduras em forma de capacete, ao redor da orelha, para impedir a formação de coleções de sangue.
 
Anestesia e pós-operatório
 
Na maioria dos casos, a otoplastia pode ser realizada com anestesia local, com sedação indicada para crianças e pacientes muito ansiosos.
 
Lembrando que, em crianças, a idade ideal para fazer a cirurgia é a partir dos 6 ou 7 anos, período em que a orelha já está totalmente formada. A criança deve estar saudável, sem doença graves nem infecções crônicas não tratadas de ouvido.
 
Normalmente, o paciente já volta para casa no mesmo dia da operação. Em relação ao pós-operatório, o segredo é seguir corretamente todas as orientações passadas pelo médico, que em geral são:
 

  • Usar uma faixa de cabelo nos primeiros 15 dias, dia e noite (após esse período apenas para dormir por mais 15 dias);
  • Tomar corretamente os medicamentos prescritos;
  • Permanecer em repouso nos três primeiros dias;
  • Evitar alimentos que exijam “muita força” para mastigar;
  • Não lavar o cabelo nos primeiros dias para não molhar o curativo;
  • Não realizar atividades físicas pelo menos nas três primeiras semanas ou conforme orientação do médico.

 
Vale destacar que a otoplastia mal realizada é de difícil ou impossível correção. Além disso, como toda cirurgia, ela também tem seus riscos e deve ser feita em hospital.
 
Portanto, a escolha do médico é fundamental para que se alcance o resultado estético e psicológico esperados.

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