Aos 20 é quando, oficialmente, começamos a entrar no longo processo de envelhecimento. O corpo, até então em desenvolvimento, torna-se uma obra pronta e entra num inexorável curso de deterioração.
Felizmente, nesse momento, esse processo ainda é invisível: o organismo apenas diminui a produção de antioxidantes, substâncias que nos impedem de “enferrujar”. Ainda estamos no auge da beleza, produzindo colágeno para dar e vender.
Cuidar da aparência nesse período é tão fácil quanto despistar os pais para cair na balada. Basta colaborar com o organismo consumindo alimentos ricos em vitamina C, tomar chá verde, hidratar a pele e, principalmente, usar protetor solar. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Aos 25, a coisa muda um pouco de figura. A quantidade de água dentro das células diminui, há aumento da gordura corporal e o metabolismo fica mais lento. Talvez, ao chegar bem perto de um espelho, você consiga observar vincos no seu rosto.
Embora não seja nada muito preocupante, aqui já dá para adotar um cosmético facial preventivo. Umas sessões de laser não ablativo associado à radiofrequência também cairiam bem. O foco principal, contudo, é cuidar da dieta, praticar exercícios físicos e beber muita água.
Aos 30, o corpo começa a dar claro recados de que o tempo está passando. Nessa etapa, o organismo reduz a produção de certos hormônios, o que leva à perda gradual de massa óssea e muscular. É também aqui que se observa queda na fabricação de colágeno (1% a menos a cada aniversário).
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Por isso, o rosto passa a denunciar rugas leves, flacidez, olheiras de noites mal dormidas e o desgaste causado pelo estresse. Chegou o momento, portanto, de adotar uma rotina de cuidados mais intensa. Os cremes faciais devem conter em seus princípios ativos substâncias da classe dos retinóides. A pele, que já perdeu parte da oleosidade, também exige uma cota extra de hidratação. Tratamentos como Ultrassom Microfocado, que estimula a produção de colágeno, e a aplicação de botox preventivo já são bem-vindos.
O sol segue no papel de inimigo. Aliás, quem não se protege dele aos 20, à essa altura já se arrepende. De todo modo, corra atrás do prejuízo.
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Chegando à fase dos “enta”, ainda somos muito produtivos, mais maduros e acumulamos muitas conquistas. O corpo, no entanto, já não esconde os sinais do tempo. Começa aqui um festival impiedoso de “spoilers” da velhice.
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Precioso ingrediente do vigor e da juventude, o colágeno já é produzido com sensível déficit pelo organismo. Aos 45, esse processo se agrava ainda mais, sobretudo nas mulheres. Nessa faixa etária, elas fabricam bem menos hormônios sexuais (estrógeno, testosterona, DHEA) e do crescimento – mediadores da formação da proteína.
As consequências são marcas do envelhecimento que se traduzem em bigode chinês, pés de galinha, vincos evidentes pelo rosto, além de flacidez no pescoço, pálpebras e na lateral da face. A pele fica ainda mais ressecada e perde brilho. A perda de volume facial se acentua. O metabolismo reduz a marcha de “normal” para “devagar e sempre”, favorecendo o ganho de peso como nunca.
Assim, enquanto aos 30 ainda falamos em prevenção, aos 40 já estamos em plena batalha contra o relógio. Algumas armas poderosas nesse sentido: preenchimentos com ácido hialurônico, Sculptra (reestruturador da pele contra flacidez) no corpo todo e fios de sustentação facial. O arsenal estético também já pode incluir intervenções cirúrgicas, como blefaroplastia (correção das pálpebras), minilifting e abdominoplastia, em caso de flacidez provocada por gestações.
Chegando aos 50, eu faço a seguinte pergunta: você já imaginou o que acontece com o seu corpo ao alcançar meio século vida? Os níveis hormonais atingem o maior declínio já sentido até então, sobretudo nas mulheres. Para a maioria delas, chegou a menopausa – sem dúvida, a mais profunda e misteriosa mudança que elas enfrentam depois da maternidade.
Os ovários reduzem a produção de estrógeno em quase 70%. E como é este o hormônio que regula uma série de processos do organismo, como absorção de cálcio e produção de colágeno, a gravidade aqui torna-se cruel como nunca: a pele fica 30% mais flácida. Nota-se também que ela está mais fina, frágil e bem mais seca, já que as glândulas sebáceas passam a produzir menos óleo.
Os músculos se afrouxam um pouco mais e os ossos se desgastam. A perda do contorno do rosto é acelerada e os seios perdem a firmeza. Por tudo isso, o mantra de quem tem 50 anos deve ser musculação, exercícios aeróbicos e muita hidratação.
Os tratamentos estéticos, à essa altura, são de uma artilharia mais pesada: ritidoplastia (lifting facial), mastopexia (levantamento das mamas) e laser de CO2 para combater o aspecto envelhecido do rosto, colo e pescoço. Botox e preenchimento de ácido hialurônico começam a ser procedimentos rotineiros e já ultrapassam a medida da “pinceladinha”.
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