É muito importante que quem quer fazer uma cirurgia plástica pesquise bastante sobre o procedimento e converse com franqueza com o cirurgião sobre as possíveis complicações e resultados da cirurgia. 
O surgimento da fibrose, por exemplo, uma espécie de cicatriz interna no local onde foi feita a incisão pode acarretar dores e deformidades.
Em pequena quantidade a fibrose faz parte do processo natural de cicatrização de cirurgias. Tanto que, nos primeiros meses após um procedimento, é comum que o paciente sinta a pele repuxando. 
No entanto, uma grande quantidade de fibrose pode ser um problema. A pele poderá ficar com aparência irregular e endurecida. 

Como a fibrose acontece

Quando realizamos uma técnica invasiva, o corpo envia células de defesa para onde as incisões foram feitas, causando uma reação inflamatória. 
Isso faz com que as células lesionadas aumentem a quantidade de proteína e colágeno da região, o que, em excesso, deixa a região volumosa, sem elasticidade e sensibilidade.

Quais fatores levam à fibrose

Quanto maior e mais profunda a incisão necessária para o procedimento cirúrgico, maior a chance de desenvolver fibrose. 
Estima-se que alguns fatores genéticos podem influenciar na formação de fibrose mas, não seguir as recomendações médicas no pós-operatório também configura como causa do problema. 
Quem insiste em não repousar, carregar peso e usar as cintas ou sutiãs cirúrgicos da maneira incorreta também tem mais chances de desenvolver tecido fibroso em excesso. 
Caso o cirurgião tenha indicado sessões de drenagem linfática, é importante seguir essa recomendação. Afinal, essa massagem serve justamente para retirar o acúmulo de líquido na região operada. 
Outros fatores como tabagismo e obesidade também podem acabar levando ao surgimento de fibrose. 
Vale sempre ressaltar que é fundamental que o cirurgião escolhido seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. 
Sem dúvidas esse é o primeiro passo para ter resultados satisfatórios na sua cirurgia. 

Como diferenciar a fibrose natural da excessiva

A fibrose começa a se manifestar sete dias após o procedimento cirúrgico e diminui bastante depois de cerca de seis meses. 
Nos primeiros dias e semanas após a cirurgia, é natural que a pessoa note endurecimento da região, formação de nódulos, sensação de repuxamento e irregularidades na pele. Com o tempo, esses efeitos irão diminuir, o que será explicado e avaliado pelo médico nas consultas pós-operatórias. 
No entanto, a fibrose não desaparece completamente, afinal, faz parte do processo natural de cicatrização do corpo. Ela não passa de uma cicatriz interna, então, em quantidades normais, ela será imperceptível aos olhos e ao toque. 

Como tratar a fibrose 

A drenagem linfática pode ser uma grande aliada no tratamento da fibrose. Essa é uma massagem manual ou mecânica que tem como objetivo aumentar o volume a velocidade da linfa, fluido corporal que se acumula em torno de processos inflamatórios. 
O resultado dessa massagem é a redução de edema (inchaço) e melhora na nutrição celular, além de promover a irrigação sanguínea na região, o que colabora bastante na cicatrização das incisões.
Se for necessário, a drenagem pode ser associada a outros tipos de tratamento que usam tecnologias como a radiofrequência e o ultrassom.
Outra opção é a endermoterapia, uma técnica que massageia o corpo utilizando um aparelho específico. Essa tecnologia “suga” a pele e pode ajudar a aliviar a fibrose. 

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