A mamoplastia de aumento é o sonho de muitas mulheres e uma das principais dúvidas das candidatas a essa cirurgia refere-se ao encapsulamento da prótese, também caracterizada como contratura. 
O medo dessa complicação é bastante comum entre as pacientes que chegam ao meu consultório e, por isso, decidi trazer algumas informações importantes a respeito do tema. Vamos lá? 
 

O que é o encapsulamento da prótese

Quando nosso organismo identifica um corpo estranho, a reação natural é tentar expulsá-lo ou absorvê-lo. 
Como sistema de defesa então, o corpo vai produzir uma membrana em volta do implante, isolando-o dos tecidos ao redor. 
Isso acontece em todas as mamoplastias de aumento mas, em alguns casos e com o passar do tempo, essa membrana pode ficar cada vez mais espessa, comprimindo a prótese. 
É o que chamamos de encapsulamento da prótese, uma complicação rara, mas que pode acontecer com qualquer pessoa. 

Sintomas do encapsulamento

Alguns sintomas vão indicar que alguma coisa está errada e que podem indicar a contratura do implante de silicone. Eles podem aparecer tanto no primeiro mês após a cirurgia quanto depois de muitos anos: 

  • Assimetria
  • Ondulações na superfície da prótese
  • Endurecimento das mamas
  • Inchaço das mamas
  • Dor nos seios

 

Graus de encapsulamento

Existem quatro graus de encapsulamento da prótese de silicone. Essa distinção é importante porque nem todos oferecem riscos à saúde da mulher ou alterações estéticas. 
Grau 1: Os seios parecem perfeitamente normais, tanto na aparência quanto no toque. A paciente não sente nenhum incômodo. 
Grau 2: Ao apalpar a mama, é possível sentir o implante de silicone, mas sem incômodos ou alterações visíveis. 
Grau 3: É possível notar assimetria entre a mama normal e a que apresenta a contratura. 
Grau 4: A paciente sente dor e os seios ficam endurecidos. A assimetria também é evidente. 
A partir do terceiro grau, os cirurgiões plásticos recomendam a substituição da prótese de silicone. 
 

Como evitar o encapsulamento

Embora se trate de uma complicação causada, justamente, pelo sistema de defesa do organismo humano, algumas medidas podem ajudar a evitar o encapsulamento. Então, embora seja possível prevenir a contratura da prótese com algumas medidas, o problema ainda pode acontecer, certo?
O primeiro passo é escolher um bom cirurgião, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Isso é fundamental para que você faça uma cirurgia plástica segura e tenha os resultados desejados.
O segundo é utilizar uma prótese de silicone de qualidade, que será indicada pelo cirurgião. A contratura do silicone é cada vez mais rara com o uso de implantes modernos e seguros: atualmente, estima-se que as chances de acontecer é de 0,5%. 
A terceira precaução é seguir corretamente as instruções do cirurgião no pós-operatório. Afinal, quanto menor o trauma, melhor será a resposta do mecanismo de defesa do corpo. 
Por fim, quem já tem os implantes deve realizar alguns exames de rotina uma vez por ano para garantir que está tudo certo. 
 

O que fazer se tiver contratura do silicone

Um cirurgião plástico capacitado está preparado para lidar com a contratura da prótese de silicone e para oferecer o tratamento adequado, que vai variar de acordo com o grau de encapsulamento dos implantes.
Nos casos de contratura grau 1 e 2, o tratamento pode variar desde a observação do caso até o uso de medicamentos orais, como os inibidores de leucotrienos. No entanto, nem todos os pacientes respondem de maneira positiva à esses fármacos.  
Já nos graus 3 e 4 é necessário fazer a substituição do implante, se possível, com próteses de outra marca. Outra recomendação é mudar a posição de inclusão silicone: se na primeira cirurgia as próteses foram colocadas, embaixo da glândula, recomenda-se inseri-las atrás do músculo no outro procedimento, por exemplo.
A mamoplastia de aumento é um procedimento seguro, realizado há mais de 60 anos. Com os avanços tecnológicos na fabricação dos implantes e técnicas cirúrgicas cada vez mais precisas, as chances de ter essa complicação são muito baixas, mas devem ser levadas em consideração pela paciente. 

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