A abdominoplastia é a quinta cirurgia plástica mais realizada no Brasil. Uma de suas versões, a mini abdominoplastia, retira o excesso de pele e gordura da parte inferior do abdômen, proporcionando aquele aspecto de barriga chapada.
Cirurgias plásticas em que se acrescenta ao nome os termos “mini” ou “light” chamam muito a atenção dos pacientes. Eles costumam achar que são procedimentos menos invasivos, com menores riscos e cicatrizes mais discretas.
No caso da mini abdominoplastia, de fato, isso é verdade: esse procedimento é menos complexo que a abdominoplastia comum, com tempo de recuperação mais rápido e cicatriz menor. Entretanto, como é o caso da maioria dessas operações “irmãs” de procedimentos tradicionais, sua indicação é bem específica.
Como a mini abdominoplastia é feita
Esse procedimento é realizado sob anestesia geral e começa com uma incisão na parte inferior do abdômen, logo acima do púbis. O corte costuma ser um pouco maior do que o de uma cesariana, por exemplo.
Depois, a pele excessiva é tracionada até a região central, para conferirmos a porção a ser removida. Se for necessário, pode-se costurar a musculatura do local, o que vai reforçar o tônus muscular da barriga.
A última etapa é suturar as camadas do abdômen com pontos internos e externos.
A diferença entre a abdominoplastia tradicional e a mini abdominoplastia
Na abdominoplastia tradicional, toda a pele e gordura abaixo do umbigo são removidas, esticando, também, a parte superior do abdômen. Com isso, é necessário fazer uma nova “saída” para o umbigo.
Na prática, isso significa uma cicatriz maior do que na miniabdominoplastia, que vai de um osso do quadril ao outro, além de mais uma ao redor do umbigo.
A flacidez muscular do abdômen também pode ser tratada durante a abdominoplastia, com pontos nos músculos de toda a barriga.
Ou seja, embora a abdominoplastia e a mini abdominoplastia tratem o excesso de pele e gordura do abdômen, o primeiro procedimento faz mais alterações na região. Portanto, é indicado para pacientes com um grau mais severo de flacidez.
Para quem a mini abdominoplastia é indicada
Geralmente, a mini abdominoplastia é indicada para pacientes com flacidez e excesso de pele somente na parte inferior da barriga, com localização alta do umbigo.
É mais comum realizarmos a cirurgia em mulheres com biotipo mais magro e estreito, mas que tiveram mudanças corporais após a gravidez ou oscilações de peso.
Outra indicação comum da mini abdominoplastia é para pacientes que apresentam um pouco de flacidez após a lipoaspiração. Nesse caso, associar os dois procedimentos pode oferecer resultados muito mais satisfatórios.
Como é o pós operatório da mini abdominoplastia
Apesar de ser menos invasiva do que a abdominoplastia tradicional, os cuidados no pós operatório da mini abdominoplastia são bem parecidos.
Durante os primeiros 15 dias, a paciente deve ficar levemente curvada para frente, o que evita a ruptura dos pontos. Ela também deve dormir de barriga para cima por pelo menos duas semanas.
A paciente deve utilizar uma cinta compressiva por, pelo menos, 30 dias e evitar esforços e atividades intensas nesse período.
Se o trabalho não demandar esforço físico, ela poderá voltar cerca de duas a três semanas depois do procedimento, mas isso pode variar de acordo com a evolução da cicatrização.
Assim como na abdominoplastia, a drenagem linfática pode ser uma aliada no pós-operatório, já que ajuda na diminuição do inchaço e retenção de líquido, promovendo o fluxo sanguíneo na região.
O que é melhor, abdominoplastia ou mini abdominoplastia?
A abdominoplastia é um procedimento com maior trauma cirúrgico do que a mini abdominoplastia. Em contrapartida, oferece mudanças mais significativas para quem tem um grau de flacidez mais acentuado.
Portanto, não é possível dizer se a mini abdominoplastia é melhor ou pior do que a abdominoplastia tradicional, já que uma cirurgia não substitui a outra. Para ter certeza de qual desses procedimentos é ideal para você, marque uma consulta com um cirurgião membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
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