As mamas tuberosas são alterações mamárias relativamente raras que não causam problemas funcionais, mas que podem impactar significativamente a autoestima feminina. Trata-se de uma deformidade congênita que faz com que os seios sejam pouco desenvolvidos e fiquem com aspecto semelhante a um tubo.
Geralmente, mulheres com mamas tuberosas têm a base do seio menor e a aréola alargada. A ausência ou insuficiência de tecido mamário na porção inferior do seio e a separação entre as mamas dão o formato de dois tubos ou pequenos cones para a região.
Esta singularidade ocorre devido à uma predisposição genética e os primeiros sintomas já podem ser percebidos durante a puberdade, como assimetria mamária, hérnia areolar, e inchaço.
Conviver com as mamas tuberosas não traz nenhum mal à saúde física mas, muitas vezes, pode ser difícil passar pela puberdade sem desenvolver os seios tipicamente femininos. Na vida adulta, as mulheres costumam enfrentar a baixa auto-estima e problemas relacionais devido ao formato dos seios.
Não existe nenhuma forma de prevenir ou tratar as mamas tuberosas naturalmente. Entretanto, a cirurgia plástica pode ser uma grande aliada na sua correção. Podemos usar diferentes técnicas, de acordo com o grau da malformação.
Classificação das mamas tuberosas
Para entender os diferentes graus de mamas tubulares precisamos, primeiro compreender a anatomia da mama feminina. Imagine duas linhas, uma vertical e outra horizontal, que se cruzam exatamente sobre o mamilo e formam quatro quadrantes mamários: superior lateral, mais próximo da axila, superior medial, mais próximo do centro do peito, e inferior lateral e medial.
Sendo assim, as mamas tubulares se dividem entre as seguintes:
- Tipo I: mais comum, presente em 54% dos casos, com subdesenvolvimento do quadrante inferior medial do seio;
- Tipo II: Constitui 26% dos casos e ambos os quadrantes inferiores são pouco desenvolvidos;
- tipo III: Constitui apenas 20% dos casos, com pouquíssimo tecido mamário e deficiência aparente de todos os quadrantes da mama.
Corrigindo as mamas tuberosas com cirurgia plástica
Em alguns casos, a cirurgia para correção das mamas tuberosas costuma combinar diferentes técnicas, não bastando somente utilizar uma prótese de silicone como numa mamoplastia de aumento comum.
Em ambiente hospitalar, sob anestesia geral, o procedimento costuma começar pela redução do tamanho da aréola do seio, com uma incisão circular na região. O objetivo é deixar a aréola proporcional à mama, com cerca de 3 a 4 centímetros de diâmetro.
Depois, a parte inferior da mama passa por expansão, permitindo o reposicionamento o sulco mamário. Ele deve ficar mais para baixo, o que abre espaço para a colocação da prótese de silicone. O tipo e tamanho das próteses utilizadas pode variar de acordo com o objetivo da paciente e suas características anatômicas.
Em algumas mulheres, a mama pode se desenvolver um pouco mais e apresentar flacidez. Nesse caso, a mastopexia será utilizada para remover o excesso de pele e dar um aspecto mais empinado para os seios.
Além disso, há casos em que somente o silicone não oferece um resultado satisfatório, sendo necessário associar o procedimento à lipoenxertia. Nessa técnica, vamos aspirar gordura de outra parte do corpo, como o abdômen por exemplo, e aplicar em algumas regiões do seio, para atingir um resultado mais harmônico.
Os resultados da correção das mamas tuberosas
A cirurgia plástica para correção das mamas tuberosas pode ser bastante complexa. Na maioria dos casos, é possível obter um resultado satisfatório, principalmente quando são de grau leve a moderado.
Casos mais graves requerem mais incisões, o que resulta em maiores cicatrizes. Ainda assim, o resultado do procedimento costuma ficar bem natural, contribuindo significativamente para a autoestima da paciente.
É importante lembrar que os resultados de qualquer cirurgia plástica não dependem somente do cirurgião. É fundamental que a paciente siga todas as recomendações do pós-operatório e, no caso das mamas tuberosas, por se tratar de um procedimento mais complexo, esse período pode requerer cuidados a mais.
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