A cirurgia plástica do nariz é um dos procedimentos faciais mais complexos, já que envolve estruturas muito pequenas e delicadas. Por esse motivo, nem sempre o resultado da rinoplastia é o esperado e cerca de 10% dos pacientes que passaram por uma rinoplastia primária têm indicação de fazer uma segunda cirurgia.
Realizar o procedimento com um cirurgião experiente e seguir todas as recomendações do pós-operatório, são fatores importantes para minimizar a necessidade de uma rinoplastia secundária. 

Quando a rinoplastia secundária é indicada

A rinoplastia secundária é indicada para pacientes que já fizeram cirurgias no nariz, mas não ficaram satisfeitos com o resultado final, seja em relação à estética ou à funcionalidade do órgão. 
Ao se deparar com o novo formato de seu nariz, o paciente pode estranhar o visual ou, em casos mais específicos, notar que a cirurgia criou um desequilíbrio inexistente antes do procedimento. Isso pode ocorrer por complicações no processo de cicatrização, por exemplo.
Outra situação que pode levar o paciente a querer corrigir o novo nariz é perceber que sua respiração ficou prejudicada após a rinoplastia. É relativamente comum, por exemplo, que pessoas que realizaram esse procedimento há muitos anos, quando as técnicas ainda não eram tão avançadas, queiram realizar uma rinoplastia secundária para melhorar sua respiração. 
E, por fim, se o paciente sofrer alguma lesão no nariz, ele precisará se submeter a um novo procedimento para corrigir a região. Inclusive, a cirurgia será bem mais complexa do que a rinoplastia primária, motivo pelo qual enfatizamos tanto a importância de proteger o rosto de possíveis impactos depois da plástica. 

As diferenças entre rinoplastia primária e secundária

Além da motivação para a cirurgia, a rinoplastia primária e secundária também podem se diferenciar em relação a abordagem feita pelo cirurgião. Sempre que uma mesma área passa por alterações, o médico deve ser ainda mais cuidadoso para garantir a segurança do paciente e para alcançar os resultados desejados. 
No caso da rinoplastia, como falei, as estruturas são muito delicadas e, depois de uma rinoplastia, a quantidade de cartilagem disponível pode ficar ainda mais limitada. Costuma ser  necessário, por exemplo, utilizar enxertos de cartilagem da orelha ou costela. Além disso, o tecido cicatricial torna o procedimento ainda mais complexo. 
Embora seja muito importante que a paciente sempre escolha um especialista para realizar uma rinoplastia primária, essa decisão é crucial quando falamos em rinoplastia secundária. Eu faço esse procedimento porque sou especialista em cirurgias plásticas do nariz, mas há muitos médicos que preferem encaminhar casos desse tipo. 
Nesse sentido, é importante ressaltar que os procedimentos podem oferecer resultados estéticos excelentes, desde que realizados por médico experiente e o paciente cumpra todas as recomendações do pós-operatório.
Outra diferença entre a rinoplastia primária e a rinoplastia secundária é que algumas técnicas só são possíveis quando o paciente vai operar o nariz pela primeira vez. Uma delas é a rinoplastia preservadora, que já abordei aqui no meu blog. Como o objetivo desse procedimento é alterar o mínimo possível as estruturas do órgão, isso não costuma ser viável quando a pessoa já tem uma grande quantidade de tecido cicatricial. 
Por fim, a decisão de passar por uma rinoplastia secundária é muito individual, mas acredito que, principalmente nos casos em que a funcionalidade do nariz está prejudicada ou o rosto perdeu sua harmonia, a cirurgia é muito vantajosa. 

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