A mamoplastia de redução é uma das cirurgias de mama mais procuradas porque oferece benefícios estéticos e funcionais. Afinal, mamas grandes demais causam problemas como dores nas costas, no pescoço, alterações posturais e até feridas nos ombros, onde ficam as alças do sutiã.
Em muitos casos, a hipertrofia mamária está associada a outros problemas como a obesidade, distúrbios glandulares, gestação e menopausa precoce. Em outros, as mamas grandes são apenas hereditárias, o que não deixa de trazer consequências físicas e psicológicas para a paciente.
Apesar de o objetivo principal da redução de mamas ser reduzir o tamanho e o peso dessas estruturas, essa cirurgia também é capaz de melhorar o posicionamento e o formato dos seios, o que contribui muito para a saúde e a autoestima femininas.
Assim como qualquer outra cirurgia plástica, todos esses benefícios também acabam despertando uma série de dúvidas. Escolhi algumas das mais curiosas para responder no post de hoje aqui no blog. Então, continue lendo para se informar bem a respeito da mamoplastia de redução:
Se eu quero ter filhos, devo fazer a redução de mamas antes ou depois da gravidez?
Depende de vários fatores. Geralmente, as pacientes procuram a redução de mamas quando são mais jovens, muito antes de pensar em ter filhos. Nesse tipo de situação, realizar a cirurgia somente depois da gravidez pode significar muitos anos de desconforto estético, físico e psicológico.
Por outro lado, esperar pode diminuir os riscos de perder os resultados da sua cirurgia devido ao ganho de peso e ao aumento do tamanho das mamas, por causa do aleitamento. Além disso, existem chances de que pacientes que passaram por essa cirurgia tenham dificuldades de amamentar. Me aprofundo melhor neste assunto neste post aqui.
Isso significa que o momento certo de passar pela redução de mamas é muito pessoal e deve levar diversos fatores em consideração, como o planejamento familiar e grau de hipertrofia mamária da paciente.
Como fica a cicatriz depois da redução de mamas?
No período pós-operatório imediato, as cicatrizes poderão ser bem visíveis, com coloração avermelhada e aspecto inchado. Ao longo dos meses, elas vão se tornando mais claras e finas, geralmente, no formato de um pirulito: uma incisão ao redor da aréola e uma linha reta até a base do seio.
Entretanto, o tipo de cicatriz pode variar de acordo com o tamanho e formato das mamas da paciente. Algumas irão precisar de incisões na forma de um T invertido, L invertido, um I abaixo das aréolas ou somente ao redor dessas estruturas.
Se meu peso flutuar depois da redução de mama, os resultados vão ser perdidos?
Flutuações grandes de peso podem sim colocar os resultados em risco. Se a paciente perde muito peso, ela poderá perder, também, a gordura que compõe a estrutura da mama, deixando-as murchas e gerando um quadro de flacidez.
Se a paciente ganhar muito peso e tiver uma predisposição genética para ganhar gordura nas mamas, elas poderão aumentar de tamanho significativamente e voltar a incomodar ou perder o posicionamento proporcionado pela cirurgia. Situações como a gestação ou menopausa também podem levar a esse aumento no tamanho dos seios.
Vou poder escolher o tamanho dos meus novos seios?
Geralmente, sim! Mas, é importante trabalharmos com o tamanho que oferece melhor equilíbrio e harmonia de acordo com o biotipo da paciente, ao mesmo tempo em que melhora as queixas funcionais, como as dores.
Sei que muitas vezes as pacientes ouvem que uma amiga tirou um ou dois quilos de tecido mamário numa cirurgia e acreditam que remover essa mesma quantidade irá proporcionar um tamanho parecido, mas nem sempre é esse o caso.
Afinal, cada paciente terá suas próprias medidas e composição tecidual mamária.
É interessante ter uma ideia de qual tamanho de seio a paciente gostaria de ter. Porém, na consulta de avaliação, costumo fazer uma sugestão do volume que acredito funcionar melhor para aquela paciente em específico.
Vou precisar colocar próteses de silicone?
Não necessariamente! Vou explicar:
Muitas vezes, o peso e o tamanho exagerado são proporcionados por excesso de gordura que, com o tempo, costumam ser absorvidos pelo organismo. Ou seja, se as mamas da paciente são compostas predominantemente por gordura e contamos com esse tipo de tecido para deixar as mamas no tamanho pretendido pela paciente, os resultados podem não ser duradouros.
Nesses casos, o uso da prótese de silicone é interessante porque oferecem o preenchimento buscado pela paciente com muito mais durabilidade, além de serem muito mais leves do que o tecido mamário original.
Bom, por hoje é só! Espero que tenha esclarecido as principais dúvidas a respeito da redução de mamas, e se você quer saber mais sobre a indicação dessa cirurgia, confira meu post sobre o assunto.
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