O momento de escolher um cirurgião plástico é um dos mais importantes quando uma paciente decide realizar o sonho de transformar alguma parte do seu corpo. Afinal, esse profissional não é só quem vai realizar o procedimento, mas também quem vai avaliar a paciente e determinar o melhor tipo de procedimento e técnica para o seu caso específico.
Na verdade, essa é uma relação profissional de extrema confiança e honestidade, em que as duas partes precisam se comunicar de maneira clara e seguir uma série de combinados para que tudo corra bem, da consulta de avaliação até o pós-operatório.
Nesse sentido, muitos aspectos precisam ser levados em consideração na hora em que a paciente vai escolher o seu cirurgião plástico. Quando ela começa a se informar sobre o assunto, logo descobre que a formação e a especialidade de cada médico fazem toda a diferença, além de fatores como a localização e até condições de pagamento.
No meu caso, recebo muitas pacientes que conheceram o meu trabalho por meio dos resultados de uma parente ou amiga (e, aqui, aproveito para agradecer muitíssimo pela confiança e indicações!), indicação de outros profissionais e até via redes sociais.
Tudo isso é muito importante, mas, hoje, quero chamar atenção para um outro aspecto fundamental que precisa ser levado em conta na hora de prosseguir com a cirurgia: a afinidade da paciente com o cirurgião plástico.
RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE VAI ALÉM DAS REDES SOCIAIS E DA TRAJETÓRIA DO PROFISSIONAL
O cirurgião plástico é um ser humano como qualquer outro. Embora diversas características possam ser comuns entre os médicos, inclusive dentro de determinadas especialidades, cada profissional é único e tem o seu jeito de atender o paciente.
Para além desses aspectos mais ligados à personalidade, na cirurgia plástica, é comum que os profissionais tenham abordagens diferentes, realizem alguma técnica ao invés de outra ou não façam determinado tipo de procedimento. Afinal, a conduta médica é determinada pelo profissional, respeitando, é claro, as diretrizes da profissão.
Tudo isso significa que o paciente deve considerar a sua afinidade com o cirurgião plástico na hora de iniciar o seu tratamento.
Técnica e experiência são fundamentais, especialmente na realização de procedimentos que precisam de um nível de refinamento cirúrgico mais expressivo. Entretanto, se o paciente não sente afinidade com o seu cirurgião, mesmo que ele seja extremamente capacitado, a insegurança no tratamento irá existir.
É como falei anteriormente: a relação médico-paciente é profissional, mas envolve níveis de confiança e honestidade difíceis de atingir quando você não foi com a cara do médico!
Inclusive, muitas pessoas escolhem o cirurgião plástico devido à sua popularidade nas redes sociais. Embora o Instagram e Facebook sejam ferramentas excelentes para trazer informação de qualidade sobre cirurgia plástica, criar conexão com os pacientes e apresentar um pouco do próprio trabalho, elas não são o suficiente para determinar nem que o cirurgião é bom e nem que o paciente terá afinidade com ele.
Claro que a postura nas redes oferece algumas pistas, mas o que realmente importa é a conexão que se estabelece no consultório, durante a consulta de avaliação.
Recomendo que os pacientes não se deixem levar pelas redes sociais e avaliem por si mesmas, depois desse encontro inicial, se querem ou não continuar o tratamento com o profissional – e isso vale, inclusive, para mim!
AFINIDADE E BOA RELAÇÃO COM O MÉDICO FAZEM TODA A DIFERENÇA NO TRATAMENTO
Talvez você esteja se perguntando que diferença a afinidade faz numa cirurgia plástica, se o importante é que o procedimento seja feito de maneira segura e eficaz e que o paciente siga as recomendações pré e pós-operatórias. Vou explicar:
Quando o paciente se sente confortável com o médico, percebendo que pode confiar nele para lidar com algo tão delicado como sua aparência e autoestima, ele fica mais seguro da sua decisão e ouve mais as recomendações médicas.
Isso aumenta as chances de satisfação com o resultado final da cirurgia, além de criar uma relação de transparência que abre um espaço importante para perguntas e dúvidas que precisam ser respondidas.
Acredito que todo mundo já passou pela situação de não gostar de uma consulta médica e, talvez, até sair de lá com mais perguntas do que respostas. Às vezes, faltou acolhimento ou as expectativas do paciente não foram atendidas, o que pode comprometer o tratamento.
Quando o assunto é cirurgia, especialmente as plásticas, isso não pode acontecer de jeito nenhum! A paciente precisa se sentir confortável para fazer perguntas e ter suas dúvidas esclarecidas. Se “o santo não bater”, ela leva dúvidas e desconfianças para casa, e o que seria a realização de um sonho já começa com o pé esquerdo.
A medicina é uma ciência inexata e que envolve, necessariamente, o contato humano, seja como for. Relações humanas podem ser complexas e, às vezes, faltam palavras para descrever porque não sentimos afinidade com uma pessoa ou lugar, e a cirurgia plástica não está isenta desse fenômeno, que faz parte da vida.
O que posso fazer, como cirurgião plástico, é me conhecer e desenvolver as minhas habilidades interpessoais tanto quanto a técnica em cirurgia plástica, buscando acolher minhas pacientes ao máximo. Isso é muito importante para mim!
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AFINIDADE COM CIRURGIÃO, CIRURGIA PLÁSTICA, COMO ESCOLHER O CIRURGIÃO PLÁSTICO
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