A ginecomastia é um tipo de hipertrofia mamária que pode se apresentar em algum momento da vida de até 40% dos homens, de acordo com a estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS). 
É um fenômeno em que as mamas masculinas ficam muito salientes, causando desconfortos e constrangimento social. 
Você já ouviu falar nessa condição? Vamos conhecê-la melhor e saber o que a caracteriza e quais os tratamentos possíveis.
O que causa a hipertrofia mamária nos homens?
Quando acontece em adolescentes, por volta dos 13/14 anos, a ginecomastia costuma ter origens hormonais. Porém, tende a regredir sozinha, até os 18 anos. 
A testosterona é o hormônio responsável pelas características masculinas e o estrogênio, por sua vez, pelas femininas. Tanto para os meninos quanto para as meninas, a presença dessas duas substâncias é normal. Mas, durante o crescimento, elas podem ficar um pouco desreguladas, favorecendo o surgimento de características que são predominantes em cada um dos sexos. 
Sendo assim, quando os níveis de estrogênio estão altos nos meninos, suas glândulas mamárias aumentam de tamanho e podem ficar bastante sobressalentes. Mas, com a maturação hormonal, espera-se que esse volume regrida sem precisar de intervenções.  

Em alguns poucos casos, cerca de 5%, essa regressão não acontece, sendo necessário recorrer a intervenções cirúrgicas para corrigir a  deformidade e promover proporcionalidade em relação ao restante do corpo.
Outra circunstância que ocasiona esse mesmo tipo de aparência nas mamas masculinas é a obesidade. Porém, ela é considerada uma pseudoginecomastia, já que não é provocada pela expansão das glândulas e, sim, pelo acúmulo de gordura na região.
Ainda há aqueles casos em que as duas formas se apresentam simultaneamente. A diferenciação entre as duas condições ou a sua coexistência será feita pelo exame tátil realizado pelo médico.
Como os transtornos causados por essa hipertrofia são estéticos, o seu tratamento é, por vezes, negligenciado. Tendo isso em vista, vamos refletir um pouco sobre algumas adversidades vivenciadas por quem apresenta essa particularidade.
Impactos na rotina causados pela ginecomastia
A ginecomastia, na maioria das vezes, não é um tipo de patologia que causa complicações clínicas. Por isso, não é dada a devida atenção a essa condição. Por outro lado, os impactos psicológicos são grandes. 
Garotos com essa característica dão preferência para roupas de tecido mais grosso e que cubram mais o peitoral, como as jaquetas. Mesmo em dias quentes, eles evitam ir à praia, ao clube, ou realizar qualquer tipo de atividade que exponha o corpo.
Por isso, tendem a criar hábitos que favoreçam o ganho de peso, ao se desvencilhar de certos tipos de esportes e outras situações que possam causar constrangimento. 
Adicionalmente, transtornos psiquiátricos também podem surgir, uma vez que o afastamento social, o bullying e a deturpação da autoimagem são experiências frequentemente vivenciadas por quem não se encaixa nos padrões.
A cirurgia como recurso para a hipertrofia mamária
Como já dito, em boa parte dos casos, os sintomas regridem sozinhos. Mas, para aqueles casos em que o problema resiste, existe a opção de fazer a ginecomastia.
Ela pode acontecer de dois modos: no primeiro, é feita uma lipoaspiração para a remoção do excesso de gordura. No segundo, o alvo são as glândulas hipertrofiadas que são retiradas por meio de uma incisão feita na região de delimitação da aréola para que as cicatrizes fiquem disfarçadas entre a transição das tonalidades.
Portanto, se você, homem, fica incomodado com o tamanho das suas mamas, procure o seu médico para conhecer mais sobre a sua condição e avaliar qual a intervenção mais adequada para o seu caso!
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