Quando alimentação equilibrada e atividade física não conseguem mandar embora aquele “pneuzinho” que insiste em ficar, muitas pessoas encontram na cirurgia plástica a ajuda que precisavam. Nestes casos, os procedimentos de lipoaspiração e abdominoplastia costumam ser os mais indicados.
Entretanto, embora eles tenham objetivos semelhantes, são duas cirurgias bem diferentes com suas próprias indicações – e limitações. Saiba o que cada uma pode, de fato, fazer por você:
Lipoaspiração
A famosa lipo é indicada para quem deseja ajustar o contorno corporal, já que ela aspira os excessos de gordura de determinadas regiões.
Mas ela não é um procedimento cirúrgico de tratamento para obesidade! Dependendo da operação, é claro que ocorrerá uma pequena redução do peso corporal devido à quantidade de gordura aspirada, mas não é algo relevante.
Por isso, é um procedimento adequado apenas para quem quer esculpir uma área específica do corpo como queixo, braços, coxas, abdômen, nádegas, joelho, flancos…⠀
Os melhores resultados ocorrem em pacientes jovens, com pele elástica e hidratada, sem estrias ou outras marcas de envelhecimento na pele e que ainda não passaram por gestações. O efeito final é um contorno corporal mais fino e elegante.
A cirurgia funciona assim: o médico introduz cânulas na pele que chegam ao tecido adiposo, de onde aspiram, através de um sistema de vácuo, a gordura localizada. O pós-operatório requer repouso total de uma ou duas semanas (dependendo da dimensão da lipo) e, após um mês, é possível voltar às atividades gradualmente fazendo uso de malha de compressão.
O resultado final pode ser visto em seis meses, quando o inchaço acaba. As cicatrizes geralmente são pequenas e ficam quase imperceptíveis com o passar do tempo.
Abdominoplastia
Já a abdominoplastia retira o excesso de pele e corrige e reaproxima a parede muscular, cujos tecidos tendem a se afastar após a gestação, considerável ganho de peso ou emagrecimento.
Por isso, é muito procurada por quem passou pela cirurgia bariátrica, perdeu muito peso e, como consequência, ficou com muita sobra de pele na barriga. Essa cirurgia também é indicada para mamães que, após o parto, desejam colocar a barriguinha “no lugar”. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Também não é uma técnica para emagrecimento: o método tem apenas o objetivo de remodelar a região abdominal, sendo eficaz para pessoas que estão em boa forma mas têm uma barriga flácida e saliente.
Se trata de um procedimento mais complexo, com tempo de recuperação maior e cicatriz de tamanho variável a cada caso, conforme quantidade de pele retirada e a genética da cicatrização.
A cirurgia funciona assim: por meio de uma incisão na parte inferior do abdômen, que geralmente vai de uma ponta a outra, fazemos um descolamento da pele, do tecido subcutâneo e da gordura dos músculos da parede abdominal, retirando uma “fatia” destes tecidos que é marcada antes da cirurgia. O resultado final é um contorno corporal mais firme, elegante e jovial.
Nos primeiros dias, o paciente precisa usar um dreno para eliminar o excesso de líquidos e o repouso absoluto é recomendado nas duas primeiras semanas. Por dois meses, é recomendado o uso de malhas de compressão, que ajudam a modelar o corpo. O inchaço só é completamente eliminado após o sexto mês.
Pontos a serem considerados:
Não importa qual seja a escolha, o resultado obtido não depende somente da prática do cirurgião, como também do tipo de alterações necessárias, das características da pele e tecidos a serem manipulados, do objetivo pretendido e das expectativas que o paciente tem.
Expectativas que devem ser realistas, não esquecendo que qualquer cirurgia estética envolve cicatrizes e também possíveis complicações no pós-operatório como dor, edema (inchaço), equimoses, hematomas entre outras, de duração mais ou menos prolongada.
Outra coisa muito importante é uma das principais causas de insucesso é a má indicação de uma intervenção. Isso é tão sério que, se um procedimento for realizado com uma indicação errada, há 90% de chances de se ter um resultado ruim, e isso vale para qualquer cirurgia plástica.
Para não errar, o ideal é realizar várias consultas com um cirurgião plástico de confiança para discutir os prós e contras de cada uma e oficializar a decisão com assertividade e segurança.
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