A cirurgia plástica é capaz de transformar muito mais do que a aparência de uma pessoa. Em muitos casos, ela melhora a qualidade de vida do paciente não só por minimizar um desconforto estético mas, também, ao corrigir deformidades e problemas físicos que prejudicam a locomoção ou causam dor. É o caso, por exemplo, da mamoplastia de redução. 
Apesar do desejo de ter seios maiores ser muito comum, há uma parcela significativa de mulheres que sofrem com o tamanho exagerado das mamas. Em 2016, a redução de seios foi a oitava cirurgia plástica mais realizada no mundo todo, com mais de 465 mil procedimentos. Desses, cerca de 78 mil foram feitos no Brasil.

Quem deve realizar a cirurgia de redução de seios

A mamoplastia redutora vai diminuir o tamanho e volume das mamas ao remover parte do tecido mamário, gordura e pele da região. Portanto, é indicada para mulheres que estão desconfortáveis com o tamanho dos seus seios ou estão experimentando dores causadas pelo peso das mamas. 
Apesar da alta procura por seios maiores, ter as mamas muito grandes pode causar um visual desproporcional no corpo como um todo, além de, em muitos casos, tornar o colo excêntrico, causando desconforto na paciente. 
No meu consultório, não é incomum receber mulheres que passaram anos escondendo os seios com blusas largas e escuras para não chamar atenção para essa região. 
Mamas muito grandes também pesam bastante, causando, em muitos casos, dores nas costas, no pescoço e alterações na postura, fazendo com que o tronco da paciente fique curvado com o tempo. Em alguns casos, é difícil até mesmo o sutiã sustentar o peso das mamas, forçando as alças nos ombros da paciente e causando machucados na pele. A região inferior dos seios também pode ser afetada, pois, no calor, o atrito da pele acaba gerando assaduras, que só podem ser tratadas com pomadas.
Ou seja, a cirurgia de redução de mamas é para quem quer diminuir o tamanho dos seios, seja por questões estéticas ou funcionais.

Escolhendo o melhor momento para reduzir o tamanho dos seios

O tempo é importante quando o assunto é redução dos seios, já que algumas alterações de postura podem ser difíceis de tratar e alguns tipos de dor podem se tornar crônicas. 
Por esse motivo, se a paciente é jovem, já convive dores e tem o tronco curvado, recomendamos que a cirurgia comece a ser planejada quando a mama parar de crescer, o que acontece em torno dos 18 a 20 anos. Entretanto, se a paciente não apresentar dores, mas apenas o desconforto estético, ela poderá realizar a cirurgia quando desejar, desde que seja considerada uma boa candidata ao procedimento pelo cirurgião responsável.
Uma das preocupações das mulheres que querem reduzir o tamanho dos seios é ter dificuldades de amamentar após o procedimento. De fato, dependendo da técnica utilizada, existe mesmo um risco de lesionar os nervos que promovem a secreção de hormônios responsáveis pela produção do leite, ou até mesmo danos aos ductos mamários que transportam o líquido até o mamilo. 
Entretanto, alguns estudos demonstraram que, com o tempo, o corpo desenvolve novos ductos capazes de transportar o leite, mesmo após a cirurgia de redução de mama. Ao mesmo tempo, outras pesquisas apontam que os fatores psicossociais também têm um papel muito importante na amamentação, principalmente em mulheres que passaram por procedimentos nos seios.
Tudo isso precisa ser explicado pelo cirurgião nas consultas pré-operatórias, para que a mulher possa tomar as melhores decisões, de acordo com seu planejamento de vida. 

Como a mamoplastia de redução é feita

Muitas técnicas podem ser utilizadas para diminuir o tamanho dos seios de uma paciente, mas, de maneira geral, o procedimento é feito da seguinte maneira:
Com a paciente sob anestesia geral e sempre em ambiente hospitalar, fazemos incisões para remover o excesso de gordura, tecido mamário e pele da região. Depois, remodelamos a mama, reposicionamos o mamilo e, em alguns casos, dependendo do desejo da paciente, utilizamos uma prótese de silicone.
Essa técnica permite que a paciente ainda tenha os seios de tamanho grande, mas sem o excesso de peso dos tecidos removidos. 
Quanto menor a quantidade de tecido removido, menor a cicatriz desta cirurgia, que pode ser localizada em volta da aréola, em L, ou em T invertido. Em cada um desses casos, seguir à risca todas as recomendações do cirurgião é de grande ajuda para que as marcas sejam imperceptíveis.
Você tem mais alguma dúvida a respeito da cirurgia de redução de seios? Pode deixar nos comentários do post!

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